terça-feira, 6 de novembro de 2012

E se...

- Se eu fracassar? 
Acordei, olhei meu quarto, quis fechar os olhos e voltar ao meu sono de novo. Não que goste dos meus sonhos, mas me sinto confortável quando consigo dormir e sair daqui, da minha realidade não-alternativa. Enfim, eu não consegui mais descansar. Fiquei então ali, imóvel, pensando em como serão meus dias se amanhã não for "o grande dia". Tanto preparo, tantos dias cansados, me colocando pra ler qualquer coisa e parar de pensar em todas as outras coisas que me importunavam. Eu sei que podia ter feito melhor.. mas não naqueles dias. Eu realmente tentei me esforçar..
Amanhã decidirá se eu recomeçarei ou se continuarei procurando outra forma de colocar em forma. Em forma pra crescer, pra esquecer, pra procurar ser alguém a quem eu possa recorrer dentro de mim.
É tudo assim, eu colocando minhas expectativas de vida em apenas uma chance.. Na verdade, eu acho que queria acreditar que algum dia, as coisas em que eu acredito me trarão plena felicidade. Eu simplesmente perco o foco dentro de mim, e faço delas a minha vida. Amanhã será uma nova vida, seja boa ou seja ruim.
Mas se parar pra pensar, virão perguntas aleatórias: E se todos os dias fossem novas vidas? E se todas as vidas forem apenas uma? E se tudo que se liga hoje faz jus ao que acontecerá comigo daqui a 5 anos? 
Mas que viagem é essa que você anda fazendo menina? de onde tantas coisas apareceram?
E se todas as coisas são todas as coisas, e se o mundo é apenas um mundo, todas as vidas, fracassos e vitórias, são partes de uma mesma história?
A história do mundo. 
Pronto deixei o drama pela filosofia, era só o que me faltava!
Só sei que minha cabeça precisa de menos dores, e que a minha alma precisa descansar. Meu coração, já não tenho contato com ele a algum tempo.. Não quero estar morta por dentro por conta de medo adiantado. Amanhã sai um motivo pra sorrir, ou um pra chorar. Talvez os dois, já que nada sei sobre o amanhã.
É verdade, nada sei sobre o amanhã.. Por que mesmo escrevo esse texto?

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

B.B.

Querida, você não precisa esquecer das boas lembranças só porque existiram as más nos últimos tempos. Fomos boas amigas, companheiras que nos queríamos bem, fomos fiéis. Ou pelo menos você foi, e te dou valor por isso. Errei com você, é verdade, mas o que é a vida sem os erros corriqueiros? Infelizmente temos temperamentos difíceis, dissemos coisas para magoar, e agora consigo te ver sozinha, da maneira que eu não queria ver você estar.
O que tinha pra ser dito, assim já foi feito, e agora, sentimos o tempo passar e ver que nossa amizade se foi. É triste ver que você tem estado tão mal por isso, enquanto eu consigo sorrir pelas minhas vitórias tiradas de mim mesma. Como eu queria te mostrar o quanto eu aprendi nesse tempo...
Espero que a sua vida se concerte, e que algum dia, quando talvez mais madura você estiver, eu possa te dizer o quanto eu sinto pelos erros cometidos, e esperar pelo abraço perdido pelas brigas incessantes.
Durma bem esta noite, menina, e espero de todo o meu coração, que Deus esteja sempre do seu lado pra guiar teus passos. Te gosto muito, de verdade.